meu coração é como uma Nitroglicerina!

meu coração é como uma Nitroglicerina!
a ponto de explodir!

sexta-feira, 2 de abril de 2010

a Saudade que Dói!


É... É mesmo engraçado como as coisas funcionam, as pessoas de quem mais precisamos, é as primeiras a nos abandonar, sei que não é por opção da própria e sim por destino! Essas pessoas são tomadas de nossa vida muito depressa, e o pior de tudo que elas não são substituíveis! Saem deixando muitas lembranças, saudades e contudo um vazio enorme jamais preenchido! Já se fizeram grandes descobertas no mundo da ciência, mas nenhuma capaz de explicar ou preencher tamanho vazio deixado por alguém que se foi para sempre, sem ao menos ter a chance de se despedir, de tentar amenizar tamanha dor! Assim é a cruel lei da vida, para morrer basta esta vivo. Pena não termos a chance da despedida, de um abraço caloroso, um beijo carinhoso e o “Eu te amo” nunca mais pronunciado olhando em seus olhos. Porém eu não sei se você me ouve, mas faço questão que saiba que nunca te esquecerei que sempre te direi no silencio da noite o quanto “eu te amo”, mesmo não tendo uma resposta direta! Por que você sempre existira em meu coração! Não posso mais tocá-lo mais posso senti-lo! Pra sempre te amarei vô!

Nas Asas da Seriema

No último fim de semana, de volta à Coluna, onde ainda se bate um bom papo, come-se o melhor queijo Minas do Estado e bebe-se uma cachacinha de primeira, tudo isso longe das insanas bombas que mister Bush continua despejando sobre Bagdá, eu estava no alpendre da nossa casa, conversando com a minha mãe, quando de repente aparece o Pedralvo: primo querido, contador de causos de primeira, e o maior ex-mentiroso do mundo. Digo ex, porque a última mentira que ele contou foi há exatamente 60 anos, no dia em que fez 80, e isso aconteceu há muito tempo.
"Vamos entrar, compadre", lhe disse a minha mãe, que batizou um dos seus filhos, o Ernani, se não me engano. "Obrigado, comadre, mas estou com um pouquinho de pressa". "Pressa por quê, compadre?". "É que eu vou indo ali, no retiro, olhar um bezerro que nasceu ontem...". "Mas se foi ontem, ele já mamou, e então está tudo bem...". "É aí, comadre, que a senhora se engana, pois como o dito chegou ao mundo pesando 200 quilos, estou com medo que o leite da sua mãe, que dá 300 litros por dia, seja pouco pra ele...". "É, compadre...", disse a minha mãe, quase sem conter o riso, "mas tome só um cafezinho...". "Não, brigado, mas eu já estou indo mesmo...".
Foi aí que eu, sem querer perder a companhia do amigo, nem as suas histórias fantásticas, virei pra ele e falei: "Ouvi dizer, Pedralvo, que lá na sua casa tem um mamoeiro...". "Nem me fale sobre isso, porque essa história já me deu desgosto demais". "Mas por quê, parente?". "Foi uma sementinha de nada, que o Pedralvinho trouxe pra mim lá de Belo Horizonte; eu plantei, e de início nasceu um pezinho à toa". "Mas e daí?". "Daí...?, daí que com menos de uma semana ele já estava com mais de cinco metros de altura, e com cada mamão desse tamanho", e abriu os braços, abarcando o mundo...
"É mesmo, Pedralvo?, mas o que aconteceu depois, pra te deixar assim tão triste...?". "Nem te conto, primo, pois em uma manhã, quando acordei e fui lá fora ver o mamoeiro, como fazia todo o dia, não tinha mais nada, tudo havia sumido...". "Mas como assim... sumido...?". "É que o meu mamoeiro, de tão grande que ficou, acabou não agüentando o próprio peso e afundou na terra, com os mamões e tudo...". "Não diga, Pedralvo, com os mamões e tudo...". "Não diga, Pedralvo, não diga...".
"É, gente, agora eu tenho mesmo que ir... senão o bezerro vai morrê de fome...". "Mas Pedralvo... me contaram que você voou numa seriema...?". "Besteira, meu primo, besteira...". "Eu também ouvi dizer, compadre...", disse a minha mãe, já morrendo de rir. "Então eu vou contar, mas tem vez que nem eu mesmo acredito que isso aconteceu comigo". "Conte logo, primo, conte logo". "Foi assim: um dia, numa hora dessas, eu tava voltando pra casa, quando de repente, no meio da estrada, tinha um bando de seriemas, todas muito mansinhas".
Aí ele parou um pouquinho, tossiu, acendeu um cigarro, e prosseguiu: "Então eu pensei, vou pegar uma bichinha dessas e levar pra Negrinha criar lá em casa, junto com as galinhas. Só que na hora em que agarrei uma delas pela canela, ao invés de ficar quieta, a danada, de uma vez e sem me dar tempo, sabem o que fez?, levantou vôo, e me levou junto".
"Não é possível, Pedralvo, e o que você fez...?". "Fazer o quê...?, agarrei então, não em uma, mas nas duas canelas dela, e deixei que a bicha voasse, voasse, e você acredita que com menos de cinco minutos a gente já tava a mais de mil metros de altura?". "Não diga, compadre...", falou a minha mãe, já quase estourando de rir. "Comadre, a senhora não vai acreditar, mas lá de cima, onde fazia um frio danado, eu vi Diamantina, Itamarandiba, Guanhães, Paulistas, e até a senhora, que estava aguando a horta...". "Que coisa, hem, compadre?...". "Mas me conte: como foi que o senhor fez para descer da seriema?". "Ah!, isso eu digo depois, porque agora preciso mesmo de ir...".
PS – Esta crônica é para Pedralvo Lopes Chaves, em Coluna.

Vô a falta que você me faz é tão grande! marcou a minha vida! viveu, Morreu na minha historia!Você é minha melhor lembrança! saudade eterna! Te amo